A Escolha do Estudante e a Educação Como Pilar da Sociedade
Recebi a notícia de que, em Goiandira, o transporte coletivo escolar destinado aos colégios militares foi suspenso. A justificativa? Evitar o fechamento da escola estadual Amélia de Castro Lima. É um dilema educacional que levanta uma questão ainda mais profunda: como a educação pode e deve ser estruturada para garantir que escolhas individuais não sejam tratadas como uma ameaça ao sistema?
O estudante é o protagonista da própria jornada. Ele, e apenas ele, deve decidir onde deseja estudar. A liberdade de escolha não pode ser encarada como um problema, mas como uma oportunidade para reavaliarmos a forma como distribuímos recursos e criamos condições para a permanência escolar.
Suspender o transporte coletivo para forçar alunos a ficarem em uma escola específica é como construir muros em um terreno onde deveriam ser plantadas pontes. Não se trata apenas de evitar evasão escolar, mas de entender o porquê dela existir. Por que o estudante prefere o colégio militar? O que falta na escola estadual? São essas as perguntas que devemos fazer.
A educação não pode ser uma camisa de força. Ela precisa ser uma janela aberta para o mundo, e não uma estrutura que aprisiona. Em vez de impor restrições, devemos investir em estudos e estratégias que promovam uma convivência harmônica entre as diferentes instituições de ensino.
Será que estamos apenas tapando buracos ou realmente pavimentando o caminho para um futuro educacional mais justo? Escolas como a Amélia de Castro Lima têm valor imensurável, mas só poderão florescer se reconhecermos que a solução está no diálogo, no investimento e na inovação. Forçar escolhas nunca será a resposta.
O transporte escolar é apenas a ponta de um iceberg maior, que exige nossa atenção e, acima de tudo, ação. Que tenhamos coragem para encarar os problemas de frente, sem comprometer a liberdade de quem mais importa: o estudante.
Crédito Goiandira limpa