Aluguel de caminhão por R$ 27 mil ao mês gera críticas em Goiandira

Aluguel de caminhão por R$ 27 mil ao mês gera críticas em Goiandira População questiona por que não consertar o veículo da prefeitura em vez de gastar com locação

A recente decisão da Prefeitura de Goiandira, no sudeste goiano, de contratar mensalmente um caminhão Munck com motorista por R$ 27.000,00 tem gerado polêmica e descontentamento entre moradores e observadores da gestão pública. O alto custo da locação levanta uma pergunta que vem ecoando nas redes sociais e rodas de conversa da cidade: não seria mais econômico e inteligente consertar o veículo da própria frota municipal ao invés de pagar mensalmente esse valor elevado?

Segundo dados publicados no Portal da Transparência, o contrato de aluguel prevê o uso contínuo de um caminhão com braço hidráulico (Munck), geralmente utilizado para içar e movimentar cargas pesadas. O serviço também inclui um motorista, fornecido pela empresa contratada.

No entanto, críticos da gestão argumentam que, com um gasto fixo de R$ 27 mil mensais — totalizando mais de R$ 320 mil por ano —, seria plenamente possível investir na recuperação ou até substituição definitiva do veículo da frota própria, sem comprometer tanto o orçamento público.

“É uma matemática simples: em poucos meses, esse valor pago no aluguel já ultrapassaria o necessário para fazer um reparo completo no caminhão da prefeitura ou até adquirir um novo modelo seminovo”, afirma um morador da cidade, que preferiu não se identificar.

Além do impacto financeiro, a decisão também levanta dúvidas sobre a gestão de bens públicos e o planejamento a longo prazo. Por que a manutenção preventiva não foi feita a tempo? Qual a justificativa técnica para não recuperar o veículo próprio?

Em tempos de necessidade de economia e responsabilidade fiscal, esse tipo de contrato pode parecer mais uma solução improvisada — e cara — para um problema que poderia ser resolvido internamente com mais planejamento.

Até o momento, a Prefeitura de Goiandira não se pronunciou oficialmente sobre os motivos da escolha pela locação, tampouco apresentou estimativas de custo para o conserto do caminhão da própria frota.

Enquanto isso, a população segue cobrando mais transparência e responsabilidade com o dinheiro público.