Câmara de Goiandira cobra transparência nos precatórios e denuncia caos na saúde pública

Câmara de Goiandira cobra transparência nos precatórios e denuncia caos na saúde pública

Duração:
15 minutos

Câmara de Goiandira cobra transparência nos precatórios e denuncia caos na saúde pública

Transparência e prestação de contas: foco no requerimento de Marcelo Ferreira

Durante sessão da Câmara Municipal de Goiandira, o vereador Marcelo Ferreira apresentou requerimento solicitando ao Poder Executivo um relatório detalhado sobre os pagamentos de precatórios devidos aos servidores públicos municipais. A solicitação inclui informações sobre valores já pagos e os que ainda estão pendentes. Ferreira destacou que, mesmo após quatro anos de gestão, o prefeito continua atribuindo dificuldades à dívida com precatórios, o que reforça a necessidade de transparência com a população.

“É só transparência para o povo mesmo. São quatro anos que ele vem falando disso, e continua. Precisamos saber o que falta pagar, o que já foi pago”, afirmou Marcelo.

Denúncia de negligência com criança autista gera revolta

Durante sua fala, Marcelo também trouxe à tona um caso que chocou os parlamentares e a comunidade: uma mãe, visivelmente indignada, registrou em vídeo a recusa de atendimento médico a seu filho autista em um posto de saúde da cidade. O menino, com menos de um mês de vida, participou recentemente de uma caminhada em apoio ao autismo.

“Aquilo não se faz nem com cachorro”, desabafou o vereador, demonstrando indignação com a omissão do poder público frente à situação de uma criança com necessidades especiais.

O parlamentar criticou duramente os gastos com festas, como os eventos da Semana Santa e do aniversário da cidade, enquanto a saúde pública segue em estado crítico.

Vereadores apoiam requerimento e endossam críticas à gestão da saúde

O requerimento de Marcelo foi amplamente apoiado pelos demais vereadores. Pedro reforçou a importância de empatia com as famílias que enfrentam dificuldades com filhos especiais:

“Às vezes, ninguém se coloca no lugar porque não tem um filho autista, uma criança com deficiência. Mas a mãe tem todo o direito de pedir socorro.”

Pedro também destacou que o tratamento de autismo não é coberto pelo SUS e que famílias precisam pagar terapias caras, frequentemente recorrendo à Justiça para garantir seus direitos.

“Já levei isso ao nível estadual. Em Catalão, só tem Unimed. Ainda assim, precisa entrar na Justiça para conseguir um tratamento adequado.”

Cobrança direta à Secretaria de Saúde e críticas à burocracia

O vereador Anderson relembrou que já havia solicitado informações à Secretaria de Saúde e defendeu que, em casos isolados como o denunciado, o município deve arcar com os custos do tratamento sem depender do Estado ou do SUS:

“Um ou dois casos não justificam omissão. A prefeitura tem que pagar, sim. É vida. E vida não pode esperar.”

Ele também criticou a inércia da gestão municipal, ressaltando que a administração só toma providências quando os casos ganham repercussão pública:

“Quando a gente dá publicidade aqui, faz e acontece. Por que não fazem antes?”

Indignação, empatia e cobrança por ações concretas

O requerimento foi aprovado por unanimidade. A vereadora Clarice reforçou que a criança tem direito garantido à saúde pela Constituição, enquanto outros parlamentares, como Joana, Luiz, Flávia e Anderson, expressaram apoio e cobraram atitude imediata da prefeitura.

Todos concordaram que o atendimento à saúde deve ser prioridade, especialmente quando envolve crianças e pessoas vulneráveis.

Conclusão: cobrança direta e exigência de mudança de postura

A sessão da Câmara de Goiandira escancarou o descontentamento dos parlamentares com a gestão da saúde no município e evidenciou a urgência de ações concretas. A população, segundo os vereadores, está cansada de promessas e discursos. A exigência é clara: transparência, responsabilidade e prioridade para as reais necessidades da cidade.

“Está na hora do povo dar o troco. Não votar nesses deputados que não fazem nada. Tem que dar o troco agora”, disparou Marcelo Ferreira.

O recado está dado: a paciência acabou e a cobrança será cada vez mais incisiva.