Carnaval de Goiandira: Festa, Prejuízo e a Noite da Expulsão
Se tem uma coisa que brasileiro gosta depois de uma noitada de carnaval, é aquele lanche sagrado. O sanduíche que salva, o espetinho que ressuscita, o refrigerante gelado que devolve a alma pro corpo. Mas em Goiandira, quem tentou matar a fome depois do show levou foi um grande NÃO na cara.
O cenário foi esse: 4h da manhã, show encerrado, foliões famintos e comerciantes de braços abertos esperando a clientela. Tudo pronto para aquele pós-festa tradicional. Mas, do nada, o clima mudou. O que era um momento de confraternização virou um cenário de dispersão forçada.
A Polícia Militar, sob comando do Major de plantão, entrou em ação como se estivesse lidando com uma rebelião. O recado foi curto e grosso: “Bora, bora, todo mundo pra casa!” E quem tentou argumentar? Só faltou ser carregado no colo – mas não do jeito bom.
Comerciante levou o prejuízo na conta e o lanche no lixo
Agora, imagina a cena do outro lado do balcão. Os comerciantes, que investiram pesado para garantir comida para a galera, ficaram a ver navios. Sanduíches prontos, grelha quente, estoque cheio... e nenhum cliente. Porque os clientes foram literalmente enxotados da rua.
Resultado? Prejuízo. Carne que não pode ser reaproveitada, pão que virou lixo, bebidas que não foram vendidas. O dinheiro que era para entrar simplesmente sumiu no rastro da multidão expulsa sem direito a negociação.
E fica a pergunta: que tipo de organização é essa?
Goiandira, onde o folião não pode nem jantar em paz
O mais curioso é que, durante a festa, todo mundo era bem-vindo. Venda de bebida? Liberada. Aglomeração? Sem problema. Mas, na hora de ir embora, a conversa mudou. O folião, que passou a noite injetando dinheiro no evento, foi tratado como inconveniente no minuto que o show acabou.
E o pior: não foi só um exagero da polícia. Foi uma decisão. Alguém, em algum gabinete, achou que essa era a melhor estratégia. E, no fim, quem pagou a conta – e não lucrou nada – foram os comerciantes.
Agora, fica a dúvida: vai continuar assim até o último dia de carnaval? Ou alguém vai tomar uma decisão que respeite tanto os trabalhadores quanto os foliões? Porque se Goiandira quer ser lembrada pelo seu carnaval, precisa escolher que história quer contar: a de uma festa organizada ou a de uma festa onde todo mundo sai com fome e raiva?