Caso do desvio de R$ 500 mil: Prefeito e secretários dormiram no ponto ou fizeram vista grossa?

Caso do desvio de R$ 500 mil: Prefeito e secretários dormiram no ponto ou fizeram vista grossa?

Três anos. 1.095 dias. Foi esse o tempo que a Prefeitura de Goiandira levou para perceber que meio milhão de reais estava sumindo dos cofres públicos. E agora vem a pergunta que não quer calar: por que só agora?

O prefeito, que é matemático, não viu que a conta não fechava?

Se o prefeito Alissom Peixoto tem formação em matemática, como ele não percebeu que o dinheiro não estava batendo? Ou será que percebeu e resolveu deixar para lá? Porque não estamos falando de centavos, mas de meio milhão de reais.

Se o esquema estava acontecendo há três anos, será que só agora alguém resolveu abrir os olhos? E se tivessem investigado lá no começo, o prejuízo não teria sido menor?

E a assinatura nos documentos?

Outra dúvida: os pagamentos na prefeitura não precisam da assinatura do prefeito? Será que o servidor investigado estava falsificando documentos ou tudo passou pela mesa do prefeito e dos seus secretários?

Porque, vamos ser sinceros, para um golpe desse tamanho acontecer, ou tem gente muito distraída ou tem gente muito conveniente.

E os vereadores? Cadê a fiscalização?

Os vereadores, que deveriam estar atentos às contas públicas, não viram nada? Ou será que, assim como a prefeitura, decidiram só se preocupar depois que a polícia entrou em cena?

O secretário de Finanças foi omisso?

Outro ponto importante: a responsabilidade dos pagamentos é do secretário de Finanças. Se o servidor só fazia o cálculo da folha, quem dava a palavra final sobre os pagamentos?

Se o secretário de Finanças tivesse feito o trabalho dele direito, ele teria percebido que tinha algo errado. Mas, pelo visto, ou não fiscalizou, ou simplesmente confiou demais.

No final das contas, quem paga é o povo

A população de Goiandira merece uma resposta clara. E mais do que isso: merece uma prefeitura que saiba cuidar do dinheiro público.

O Jornal Venox vai continuar de olho nesse caso. Porque uma coisa é certa: se ninguém fosse pego, o dinheiro ia continuar sumindo.