Falta de Planejamento na Creche Municipal de Goiandira Gera Prejuízo e Mau Cheiro

Falta de Planejamento na Creche Municipal de Goiandira Gera Prejuízo e Mau Cheiro


Falta de Planejamento na Creche Municipal de Goiandira Gera Prejuízo e Mau Cheiro no Retorno às Aulas

O retorno do segundo semestre letivo na creche municipal de Goiandira foi marcado por um episódio lamentável que expõe falhas graves na gestão pública. Ao reabrirem a unidade, servidores foram surpreendidos por um forte odor vindo da cozinha. A causa? Alimentos completamente estragados, armazenados em freezers que ficaram sem energia elétrica durante o período de recesso escolar.

Os mantimentos perdidos, que compunham parte fundamental da merenda escolar, foram descartados, gerando prejuízo direto aos cofres públicos e comprometendo a rotina alimentar das crianças atendidas pela instituição. O mais alarmante é que a situação poderia ter sido evitada com medidas simples de planejamento e fiscalização por parte da Prefeitura.

Segundo relatos obtidos com funcionários da própria unidade, não houve qualquer tipo de vistoria técnica antes da reabertura. Nenhuma verificação foi realizada nos equipamentos de armazenamento ou no sistema elétrico. A negligência, portanto, não foi pontual: foi estrutural.

Faltou o básico: gestão

Em qualquer rede de ensino minimamente organizada, é esperado que, antes do retorno das aulas, as unidades passem por inspeções preventivas — especialmente em áreas sensíveis como a cozinha, que lida com alimentação infantil. Em Goiandira, no entanto, a ausência de um protocolo mínimo de reabertura escancarou a falta de zelo e o despreparo da administração municipal.

Prejuízo duplo: financeiro e social

Além do desperdício de alimentos e do impacto financeiro causado pelo descarte, o episódio gerou um transtorno imediato para alunos e servidores. As refeições precisaram ser improvisadas ou substituídas, afetando a qualidade da alimentação e a segurança nutricional das crianças, muitas das quais têm na merenda escolar sua principal refeição do dia.

Quem responde por isso?

Diante da gravidade do ocorrido, o Jornal Venox levanta questionamentos que até o momento seguem sem resposta:

  • Por que não foi realizada uma vistoria técnica antes do retorno às aulas?
  • Houve queda de energia durante o recesso? Em caso afirmativo, por que não foi monitorada?
  • Quem será responsabilizado pelo desperdício de alimentos e pelos prejuízos causados à população?

A população goiandirense exige respostas e, principalmente, ações concretas para que situações como essa não voltem a se repetir. Não se trata apenas de planejamento administrativo, mas de respeito com o dinheiro público e, acima de tudo, com a dignidade das crianças.

Merenda escolar é um direito, não uma opção

A Constituição garante alimentação de qualidade às crianças em idade escolar. Falhas como essa representam uma violação desse direito e indicam despreparo no cumprimento de obrigações básicas por parte da gestão municipal.

O Jornal Venox continuará acompanhando o caso de perto, exigindo transparência, responsabilização e, principalmente, respeito com a educação pública.