Goiandira afunda na omissão: Prefeitura e Secretaria de Saúde ignoram saúde mental infantil

Goiandira afunda na omissão: Prefeitura e Secretaria de Saúde ignoram saúde mental infantil

Duração:
15 minutos

Goiandira afunda na omissão: Prefeitura e Secretaria de Saúde ignoram saúde mental infantil

Por Redação jornal venox

Goiandira (GO) – A gestão municipal de Goiandira protagoniza mais um episódio vergonhoso de abandono social. Uma mãe, com o filho autista nos braços, implorando por atendimento psicológico, recebeu como resposta de uma unidade de saúde que os profissionais ainda estão atendendo pacientes de 2024. Estamos em maio de 2025. O sistema já quebrou — e o poder público finge que não vê.

“Fui humilhada. Fui tratada como nada. Enquanto isso, a prefeitura gasta com obras, maquiagem urbana, mas meu filho não tem acesso ao mínimo”, desabafa a mãe em vídeo que viralizou nas redes.

A denúncia escancara o que muitos já sabiam, mas a Prefeitura e a Secretaria de Saúde seguem ignorando: a saúde mental não é prioridade. Nem para o prefeito, nem para os secretários, muito menos para os profissionais que parecem mais preocupados com a folha de ponto do que com vidas humanas.

A mãe foi ao posto buscar tratamento psicológico para seu filho autista e saiu de lá com revolta e frustração. A justificativa? A fila anda devagar porque ainda estão atendendo demandas de 2024. Simples assim. Como se sofrimento infantil tivesse prazo. Como se a urgência não existisse.

Para piorar, ela relata ter sido ignorada por uma profissional de saúde que sequer a olhou no rosto e resumiu tudo com um: “saúde pública é assim mesmo”. Isso não é apenas desrespeito — é crueldade institucionalizada.

E a Prefeitura? Omissa. Muda. Indiferente. Investindo em pintura de prédio e “reforminhas” que geram boas fotos para redes sociais, mas nenhum impacto na vida de quem realmente precisa. A pergunta que fica é: qual é o valor de uma criança autista para essa gestão? Porque, claramente, não vale um centavo de orçamento.

A Secretaria de Saúde, por sua vez, age como se estivesse anestesiada. Não há resposta, não há plano, não há mobilização. O que há é uma fila infinita, falta de profissionais, despreparo e um oceano de gente invisível.

“Se eu quiser ajudar meu filho, tenho que pagar. Então é isso? Ou você tem dinheiro, ou seu filho fica sem tratamento?”, questiona a mãe.

O caso não é isolado. Pacientes de cidades vizinhas, como Ouvidor, buscam atendimento em Goiandira — sobrecarregando ainda mais uma rede que já não dá conta nem da demanda local. E o que o poder público faz? Nada. Absolutamente nada.

Conclusão dura, mas necessária: Goiandira está de joelhos. E não é por falta de verba — é por falta de vergonha na cara. A Prefeitura e a Secretaria de Saúde devem explicações, mas principalmente devem atitudes. A saúde mental não pode continuar sendo tratada como resto de orçamento.

Enquanto isso, crianças adoecem. E pais, como essa mãe, gritam — porque o silêncio, neste cenário, é cúmplice.