Goiandira ignora reajuste regional e frustra servidores com projeto sem aumento real

Goiandira ignora reajuste regional e frustra servidores com projeto sem aumento real

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15 minutos

Ótimo, vou atualizar a matéria incluindo o município de Nova Aurora co

Goiandira ignora reajuste regional e frustra servidores com projeto sem aumento real

Enquanto Nova Aurora, Ouvidor e outras cidades concedem 10% de reajuste, Prefeitura de Goiandira apresenta proposta sem ganho salarial direto para os servidores

Na última sexta-feira (9), a Prefeitura de Goiandira realizou uma reunião com vereadores e representantes sindicais para apresentar um projeto de adequação salarial dos servidores públicos municipais. A proposta, segundo o governo, visa reorganizar as remunerações, incorporando gratificações ao salário-base e eliminando vencimentos abaixo do salário mínimo.

Contudo, o que era esperado como um avanço real na valorização profissional se mostrou uma grande decepção para o funcionalismo. Isso porque o projeto não contempla nenhum reajuste linear de salários, como tem sido praticado por municípios vizinhos, inclusive Nova Aurora, que neste mês confirmou um aumento de 10% para todo o funcionalismo.

Região valoriza servidores, Goiandira reorganiza valores

A decisão da Prefeitura de Goiandira contrasta diretamente com ações adotadas por cidades próximas. Além de Nova Aurora, Ouvidor, Ipameri e Catalão também já garantiram reajustes entre 8% e 10% aos servidores públicos neste primeiro semestre. Essas correções não apenas combatem a defasagem salarial causada pela inflação, como também representam uma sinalização clara de valorização do funcionalismo.

Já em Goiandira, o governo optou por incorporar gratificações ao salário-base — o que pode beneficiar aposentadorias e o IPASG — mas sem acrescentar um centavo a mais no contracheque mensal dos servidores.

“Essa proposta é uma maquiagem. A gente esperava valorização real, como em outras cidades, e não apenas troca de nomes no contracheque”, afirmou um servidor da educação que preferiu não se identificar.

Impacto para o servidor: mais desconto, nenhum aumento

Outro ponto polêmico da proposta é o impacto no Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (IPASG). Com a reestruturação, a base de cálculo da contribuição previdenciária aumenta, o que representa um aumento nos descontos salariais, enquanto o salário líquido continua o mesmo.

A Prefeitura divulgou que o IPASG terá um incremento de R$ 300 mil por ano. No entanto, esse valor sairá diretamente dos bolsos dos servidores, o que tem gerado críticas entre a categoria. “É uma conta que fecha para a Prefeitura, mas pesa para nós”, comentou uma agente de serviços gerais.

Nenhum avanço em plano de carreira ou progressão

Além de não conceder aumento, o projeto ignora a revisão dos planos de cargos e salários, uma demanda antiga de várias categorias, que continuam sem perspectiva de crescimento profissional dentro da estrutura pública. A ausência de um plano de carreira afeta diretamente a motivação e a permanência dos profissionais no serviço público.

Ano pré-eleitoral acende suspeitas

A apresentação da proposta em ano pré-eleitoral também levanta suspeitas entre os servidores e parte da população. Muitos enxergam a ação como uma tentativa de agradar o funcionalismo com uma “valorização simbólica”, mas sem impacto financeiro real. A base governista na Câmara até agora não se posicionou de forma clara sobre o projeto.

Conclusão: Goiandira fica para trás

Enquanto Nova Aurora e outras cidades dão exemplos concretos de valorização, Goiandira entrega um projeto técnico, porém estéril em termos de ganho real para o servidor. Sem reajuste, sem plano de carreira e com aumento de desconto previdenciário, o sentimento predominante é de frustração.

A proposta deve ser enviada à Câmara nos próximos dias. A expectativa agora é de que os vereadores cobrem mais transparência, justiça e um índice real de reauste, como já adotado por municípios da mesma região.