Grama pública desviada? Em Goiandira

Grama pública desviada? Prefeitura diz que não pode doar, mas plantas vão parar em igreja de uma chácara

A Prefeitura de Goiandira publicou uma nota oficial afirmando que a grama retirada dos canteiros centrais da Avenida Ildefonso Telles e de outras áreas da cidade não pode ser doada ou repassada a ninguém. Segundo o comunicado, há restrições jurídicas e regulatórias que impedem esse tipo de ação. A promessa da gestão municipal é que toda a vegetação removida será replantada no Parque dos Ipês, garantindo a preservação ambiental e a correta destinação dos recursos públicos.

Até aí, tudo certo. Mas na prática, parece que as regras mudam conforme o destino da grama.

Moradores começaram a denunciar que, ao invés de serem encaminhadas ao tal parque, as mudas estão sendo levadas para uma igreja de uma chácara. Ora, se a prefeitura afirma que a grama não pode ser repassada a ninguém, por que agora pode? Quem definiu que esses locais teriam prioridade sobre um espaço público?

Palavras bonitas, atitudes contraditórias

A gestão municipal vem mostrando uma capacidade impressionante de escrever notas oficiais bem elaboradas. Mas o problema é que o que acontece na prática não bate com o discurso.

Se há normas ambientais a serem seguidas, por que estão sendo ignoradas? Se a grama pertence ao patrimônio público, por que está sendo tratada como um bem particular? E mais: quem autorizou esse "desvio" e com base em qual critério?

Prefeitura, a cidade espera respostas

A transparência na gestão pública não pode ser apenas um conceito bonito no papel. O que está acontecendo com a grama retirada dos canteiros é mais um exemplo de como pequenas decisões, quando não explicadas com clareza, geram desconfiança e colocam em xeque a credibilidade da administração municipal.

O Jornal Venox segue acompanhando essa história e cobrando explicações. Goiandira não precisa só de notas oficiais bem escritas — precisa de ações coerentes com elas.