Vereador da base do prefeito Alison Peixoto (DEM), Renato Lopes denunciou, na sessão da Câmara realizada nesta segunda-feira 14, as condição análoga à escravidão no lixão da cidade de Goiandira.
Funcionários de uma empresa terceirizada, que recebeu do Prefeito, autorização verbal para explorar a reciclagem no Lixão da cidade, trabalham em condições subumanas, sem EPIs, contratos de trabalho, carteira assinada.
A empresa não tem licença ambiental ou autorização formal do Legislativo para funcionamento ou exploração dos resíduos sólidos gerados pela municipalidade, visto que a Câmara aprovou a cessão de uso de um terreno na frente das cercanias do lixão e o Prefeito numa atitude unilateral, cedeu a estrutura já existente e que pertence ao município. O acordado seria que a empresa construísse um galpão na frente do lixão e não utilizasse a estrutura já existente. A Secretaria de Meio Ambiente está sendo conivente com o funcionamento irregular da empresa, pois a gestão do lixão é de sua responsabilidade. Não tem licença ambiental, logo deveria ter sido autuada pela própria secretaria e impedida de funcionar.
Funcionários denunciam que estão há 8 meses sem contrato de trabalho e mais, sem equipamentos de proteção. Muitas vezes recolhem algum tipo de proteção direto dos resíduos. Nas imagens, aparecem de luvas visto que uma fiscalização da vigilância Sanitária fora marcada e de imediato o proprietário da empresa cedeu as luvas. Não há nenhum equipamento de proteção e os funcionários estão expostos a todo e qualquer tipo de resíduo e contaminação.
Quando da instalação da empresa no terreno do lixão, a prefeitura reformou a estrutura já existente e cedeu à empresa, uma família foi colocada para morar naquele local insalubre e faz uso da água de um poço artesiano pertencente ao município que foi perfurado nas proximidades do lixão. Com certeza fazem uso de água contaminada pelo chorume. Crianças, adolescentes e os pais, expostos a todos os contaminantes oriundos do acúmulo de lixo.
O lixão virou um criadouro de mosquito da dengue e todos os funcionários estão expostos ao risco. Além disso, todas as manhãs, os funcionários são transportados nas gaiolas (inclusive uma feita com dinheiro público foi cedida à empresa) das caminhonetes da empresa, como se fossem gado, faça chuva, faça sol e o não menos grave, há boatos que as caminhonetes da empresa particular, abastecem no posto de gasolina que existe na Secretaria de Obras, conhecido como Depósito da Prefeitura. Dinheiro Público sendo usado para beneficiar empresa particular.