Municípios goianos em colapso: queda de 50% no FPM agrava crise e ameaça serviços essenciais

Municípios goianos em colapso: queda de 50% no FPM agrava crise e ameaça serviços essenciais


Municípios goianos em colapso: queda de 50% no FPM agrava crise e ameaça serviços essenciais

A crise financeira que atinge prefeituras de todo o Brasil se intensificou neste mês de julho com uma queda abrupta de mais de 50% nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O impacto direto atinge em cheio as cidades goianas de pequeno e médio porte, onde o FPM representa a principal fonte de receita para manter serviços públicos essenciais.

De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o valor previsto para cair nas contas das prefeituras no próximo dia 10 será de R$ 3,2 bilhões, menos da metade do que foi repassado no primeiro decêndio de junho, que foi de R$ 6,82 bilhões. Essa redução alarmante coloca dezenas de municípios goianos em situação de emergência administrativa e fiscal.

Em cidades como Goiandira, Cumari e Anhanguera, onde a economia local é frágil e as prefeituras dependem quase exclusivamente do FPM para manter folha de pagamento, transporte escolar, limpeza urbana, saúde básica e outros serviços públicos, o cenário é de preocupação total.

Risco de colapso nos serviços

Prefeitos e secretários municipais já alertam para a possibilidade de:

  • Atrasos salariais de servidores efetivos e contratados;
  • Suspensão de atendimentos de saúde e de programas assistenciais;
  • Interrupção do transporte escolar e corte em contratos de manutenção e infraestrutura;
  • Paralisação de obras e cancelamento de novos investimentos.

A CNM reforça que o governo federal precisa apresentar com urgência uma solução para os municípios que ficaram à margem do equilíbrio fiscal. “Sem repasses mínimos, não há como garantir o funcionamento básico da máquina pública”, diz o comunicado da entidade.

Municípios pequenos serão os mais atingidos

Segundo o levantamento, os municípios que mais sofrerão com a queda do FPM são justamente aqueles com menos de 20 mil habitantes, que somam mais de 60% do total de cidades brasileiras — e em Goiás, esse perfil representa a maioria das administrações municipais.

Além da queda nos repasses, os gestores ainda enfrentam aumento de despesas obrigatórias e redução de arrecadação local, criando um cenário perigoso de déficit orçamentário e possível colapso total dos serviços em pleno segundo semestre.

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