Ônibus lotado, alunos em pé e um prefeito distraído: até quando?
A educação em Goiandira virou teste de resistência. Não bastasse a luta diária para aprender, os estudantes ainda precisam encarar uma maratona antes mesmo de chegar ao colégio em Catalão. O transporte escolar, que deveria garantir segurança e conforto, virou sinônimo de caos e perigo. O ônibus é pequeno, os alunos vão espremidos, e muitos sequer conseguem um assento — viajam em pé, equilibrando livros e esperança.
E a prefeitura? Ah, essa tem ônibus maiores à disposição, mas, por algum motivo que só os deuses da burocracia entendem, insiste em mandar o menor. Será uma estratégia para treinar os jovens para um futuro de dificuldades? Ou apenas descaso mesmo?
Os pais, preocupados, aguardam uma resposta. A comunidade cobra um posicionamento. Mas, pelo visto, a prioridade da gestão municipal está em outro lugar. Enquanto os alunos enfrentam uma viagem digna de filme de terror todas as manhãs, o prefeito parece mais interessado em aparecer nos holofotes do Carnaval de Goiandira. Divulgar festa é bom, mas garantir um futuro seguro para os jovens não deveria vir antes?
Talvez, depois do último tamborim silenciar, alguém se lembre de olhar para esses estudantes que chegam ao colégio cansados, exaustos e em risco. Porque educação de qualidade começa pelo básico: dar condições dignas para que os alunos possam simplesmente chegar à escola. Até lá, seguimos na torcida para que a segurança das crianças vire prioridade antes que o samba acabe em tragédia.