Operação Torniquete: A Polícia Civil Aperta o Cerco e Faz Novo Mandado de Prisão em Goiandira

Operação Torniquete: A Polícia Civil Aperta o Cerco e Faz Novo Mandado de Prisão em Goiandira

Duração:
15 minutos

Operação Torniquete: A Polícia Civil Aperta o Cerco e Faz Novo Mandado de Prisão em Goiandira

A Polícia Civil não está brincando. Nesta quinta-feira (13), mais uma fase da Operação Torniquete foi deflagrada, e o alvo da vez foi um correspondente bancário de Catalão, peça-chave em um esquema de desvio de dinheiro envolvendo empréstimos consignados na Prefeitura de Goiandira.

A investigação começou há cerca de três meses, após denúncias feitas ao Ministério Público. No início, as vítimas tinham medo de se expor, mas, pouco a pouco, os policiais foram ligando os pontos e encontraram cinco servidores públicos lesados pelo golpe.

Como Funcionava o Esquema?

Tudo começava quando servidores da Prefeitura de Goiandira, enfrentando dificuldades financeiras, buscavam um empréstimo consignado. O ex-chefe do RH, aquele que deveria ajudar, na verdade, indicava um correspondente bancário em Catalão. Era aí que começava o problema.

Chegando ao correspondente bancário, os servidores eram coagidos ou enganados a repassar uma parte do valor do empréstimo. Exemplo? Uma vítima pegou R$ 56 mil e foi convencida a entregar R$ 15 mil como "taxa obrigatória". Esse dinheiro ia parar no bolso do correspondente, que, por sua vez, repassava uma comissão ao ex-chefe do RH.

Tentativa de Esconder o Dinheiro e Nova Prisão

A investigação revelou que, em determinado momento, o correspondente bancário percebeu que estava jogando um jogo perigoso. Ele então decidiu comprar um carro de alto valor, mas não colocou no próprio nome. O veículo foi registrado no nome da mãe dele, uma senhora idosa, na tentativa de evitar que a Justiça o alcançasse.

Mas a Polícia Civil foi mais esperta. Hoje, o carro foi apreendido, e o esquema foi completamente desvendado. O correspondente bancário agora responde por concussão, estelionato e lavagem de dinheiro, crimes que, juntos, podem render mais de 20 anos de prisão.

Esquema Era Antigo e Bem Planejado

Segundo as investigações, essa teia criminosa começou a ser tecida em junho de 2022 e se estendeu até novembro de 2024. Durante esse tempo, vários servidores municipais foram vítimas, sendo obrigados a entregar parte do dinheiro dos empréstimos. E mais: o fluxo financeiro mostra que, em alguns meses, o ex-chefe do RH recebia até R$ 5 mil de comissão do correspondente bancário.

A operação de hoje incluiu três mandados de busca e apreensão – um no escritório do correspondente bancário, um na casa dele e outro na residência do ex-chefe do RH. Computadores, celulares e documentos foram apreendidos e agora serão analisados para identificar outros possíveis envolvidos.

E Agora?

O delegado responsável pelo caso deixou claro: se você foi vítima desse esquema, procure a delegacia de Goiandira ou Catalão e denuncie. O objetivo é garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados e que os servidores públicos enganados tenham a chance de recuperar o que é deles por direito.

O torniquete está apertando, e quem desviou dinheiro público vai ter que enfrentar as consequências.