"Por isso a Prefeitura não tem dinheiro pra investir": Cargos políticos levantam suspeitas em Goiandira
Enquanto a população cobra mais investimentos em saúde, infraestrutura e educação, a Prefeitura de Goiandira segue inchando a máquina pública com cargos de confiança e nomeações questionáveis. A justificativa de falta de verba para melhorias parece incoerente diante das escolhas de quem ocupa o poder.
Um exemplo emblemático é a criação ou manutenção do cargo de Encarregado do Conselho de Segurança. Uma função pouco clara, com atribuições que não são informadas à população com transparência. O que, afinal, faz esse cargo? Qual a necessidade prática de sua existência em uma cidade com pouco mais de 5 mil habitantes?
A dúvida cresce quando se observa quem são os nomeados. Em alguns casos, surgem nomes que estiveram nas urnas recentemente… e perderam. Seria o cargo um prêmio de consolação? Uma forma de manter aliados políticos por perto, com salários pagos pelo contribuinte?
“Esse valor pagaria dois funcionários pro depósito, gente que realmente trabalha, carrega, descarrega, organiza o estoque”, comentou um servidor municipal que preferiu não se identificar.
E a situação fica ainda mais absurda: Goiandira tem Chefe de Gabinete. Sim, uma cidade desse porte, onde o Prefeito poderia gerenciar pessoalmente a maioria dos setores, tem um cargo de chefia de gabinete, com vencimentos acima da média local.
A pergunta que ecoa entre os moradores é simples: Para quem a prefeitura está trabalhando? Para o povo ou para os amigos do poder?
Enquanto cargos políticos se multiplicam, os problemas da cidade seguem sem solução. Ruas esburacadas, unidades de saúde sobrecarregadas e falta de investimentos são realidades que a população enfrenta diariamente — tudo isso enquanto a estrutura administrativa ganha funções de pouca transparência e muita desconfiança.
Se a prioridade fosse o bem comum, será que essas escolhas seriam as mesmas?