Prefeito de Goiândira Ignora Profissionais Locais e Traz Empresas de Fora para Licitações Milionárias
Goiandira, GO – A gestão municipal mais uma vez vira alvo de questionamentos após o lançamento de um pregão eletrônico para manutenção da frota da prefeitura, com valor estimado em R$ 3 milhões. A cifra, que por si só já chama atenção, vem acompanhada de decisões administrativas difíceis de engolir: a preferência escancarada por empresas de fora da cidade.
No pacote milionário, a empresa que está realizando o estudo de solo é de Brasília (DF). Já as oficinas que venceram a licitação para manutenção de máquinas pesadas pertencem a Goiânia, Trindade, Catalão, Caldas Novas e outras cidades vizinhas. A pergunta que ecoa nas rodas de conversa, redes sociais e corredores da cidade é simples e direta: por que desprezar a mão de obra local?
Goiandira não carece de profissionais qualificados. Pelo contrário: a cidade abriga mecânicos experientes, engenheiros capacitados e pequenas empresas que poderiam perfeitamente atender às demandas da prefeitura, com custo mais competitivo e geração de emprego local. Ainda assim, o poder público insiste em buscar soluções fora dos limites do município.
O que está por trás disso?
A gestão alega "melhor técnica" e "melhores condições comerciais", mas a falta de transparência no processo acende um alerta vermelho. É legítimo questionar: será que os profissionais de Goiandira não foram sequer considerados? Ou o jogo de cartas marcadas já estava definido antes mesmo da abertura dos envelopes?
Além do aspecto econômico – porque esse dinheiro podia ficar circulando no comércio e na economia local –, há um grave impacto social. A prefeitura deveria ser a primeira a fomentar o crescimento de seus próprios cidadãos, não rifar oportunidades para quem não tem qualquer vínculo com a cidade.
Resumo da ópera:
Gasta-se milhões para beneficiar forasteiros enquanto a prata da casa amarga desemprego e desprezo institucional. O recado que a prefeitura passa é claro: quem é daqui, que lute. Quem é de fora, que aproveite.
Enquanto isso, o povo de Goiândira, que já vê suas políticas públicas sucateadas e seus direitos esfarelando, ainda precisa aguentar a velha desculpa de "licitação justa" — quando na prática, o que se vê é um velho e conhecido roteiro de exclusão.
Pior cego é aquele que não quer ver. E tem muita gente fingindo que tá tudo certo só pra continuar confortável na sua panelinha.