Servidor acusado de desviar mais de R$ 500 mil da Prefeitura de Goiandira deixa a cadeia com tornozeleira eletrônica
A Justiça concedeu, nesta quarta-feira (12), um habeas corpus ao servidor público da Prefeitura de Goiandira acusado de meter a mão em mais de meio milhão de reais dos cofres municipais. Com a decisão, ele deve deixar a cadeia nesta quinta-feira (13), mas não pense que é liberdade total: ele terá que usar tornozeleira eletrônica e está proibido de sair da cidade.
O servidor, de 37 anos, trabalhava no setor de Recursos Humanos da prefeitura e foi preso no início do mês, no dia 3 de fevereiro, após a Polícia Civil descobrir um rombo financeiro que vinha crescendo desde abril de 2023. As investigações apontam que ele pode não ter agido sozinho, e o cerco continua para identificar se há mais envolvidos no esquema.
O pedido de habeas corpus foi feito pela defesa, que argumentou que manter o servidor na cadeia seria um exagero. O juiz, ao analisar o caso, reconheceu que há evidências do crime, mas considerou que ele é réu primário e que, afastado do cargo, não teria mais acesso ao dinheiro público. Além disso, um fator inesperado pesou na decisão: o homem tem sífilis e precisa de tratamento médico adequado.
Mesmo fora da prisão, o servidor não poderá circular livremente. Ele terá que cumprir medidas cautelares, como:
A decisão da Justiça não significa um ponto final na história. Se descumprir qualquer uma das condições, o servidor pode voltar para a cadeia. Além disso, o Ministério Público já foi notificado e pode recorrer para tentar reverter a soltura.
O caso segue sob apuração para esclarecer exatamente como o dinheiro sumiu dos cofres da prefeitura e se há mais funcionários envolvidos no esquema. A população de Goiandira, claro, segue de olho, esperando que a justiça seja feita e que o dinheiro – se ainda houver algum – volte para onde nunca deveria ter saído.