Vereadores cobram ação da Prefeitura e denunciam perseguição política em Goiandira

Vereadores cobram ação da Prefeitura e denunciam perseguição política em Goiandira

Vereadores cobram ação da Prefeitura e denunciam perseguição política em Goiandira

Limpeza no Jardim Progresso: uma novela sem fim

Durante a última sessão na Câmara Municipal de Goiandira, o vereador Marcelo voltou a apresentar um requerimento cobrando a limpeza do bairro Jardim Progresso. Segundo ele, a situação já foi levada ao plenário diversas vezes, mas continua sendo ignorada pela gestão municipal. “Uma coisa tão simples e não faz. Vai lá limpar o polo industrial onde nem tem empresa funcionando, e o capim cresce de novo”, reclamou o parlamentar.

A indignação não parou na questão da limpeza. Marcelo denunciou o que chamou de perseguição política por parte do prefeito. Ele citou o caso do ginásio próximo à GO 210, que ficou anos abandonado e agora, mesmo estando sob os cuidados de um morador (Beto), sofre ameaças da prefeitura com promessas de transformá-lo em um campo de futebol que nunca sai do papel. “Deixa o povo trabalhar. Esse executivo tem que cuidar da prefeitura, que está cheia de escândalo, não perseguir quem está zelando pelo patrimônio”, disparou.

Acusações de omissão e falta de diálogo

Marcelo também destacou que há empresas fechadas há mais de um ano, sem qualquer ação da prefeitura para atrair novos empreendimentos. “não procurou ninguém para abrir fábrica nenhuma. Estão preocupados só em encher o saco de quem está trabalhando”, protestou.

Segundo ele, os problemas da cidade são ignorados por questões pessoais e políticas. O vereador relatou ainda que tenta resolver as demandas diretamente com o prefeito, mas sequer recebe resposta. “Está tudo aqui no meu celular, as mensagens que eu mando. O secretário me atende, ele não. Então, a partir de hoje, só falo daqui”, avisou, referindo-se à tribuna da Câmara.

Requerimento aprovado por unanimidade

A proposta de limpeza no Jardim Progresso foi colocada em votação e aprovada por unanimidade pelos vereadores presentes. Pedro Augusto reforçou a crítica, afirmando que há secretário e vereador morando no bairro e, mesmo assim, nada é feito. Ele ainda destacou um suposto conflito político envolvendo o loteamento da região, pertencente a Jr.Moreira. “Por causa da briga dele com o Ademir Moreira, o povo fica no meio. Tem rato e cobra nas casas”, denunciou.

Abandono, desmotivação e desrespeito

Em tom de revolta, Pedro relatou que um servidor chamado Né, responsável pela limpeza, chegou a pedir exoneração por falta de apoio e condições mínimas de trabalho. “Ele articulou com as meninas, estava tentando. Falei para ele: quando for limpar, pode contar comigo, com a vassoura, com o carrinho de mão. Mas não tem planejamento, ninguém quer fazer”, lamentou.

O vereador ainda apontou que a situação é reflexo da ausência de vontade política e organização. Disse que a comunidade está disposta a ajudar, mas que precisa da iniciativa do poder público. “Isso aqui não é crítica vazia. Já falei pessoalmente com o prefeito, mas nosso bairro está abandonado por politicagem”, reforçou.

Prioridades questionadas: quem é de Goiandira fica de fora

Pedro também criticou o tratamento dado a moradores da cidade que querem empreender ou cuidar de espaços públicos. Ele comparou a aprovação de um terreno para o empresário Aguinaldo, que não é de Goiandira, com a dificuldade enfrentada por moradores locais como Marcelo e Beto. “Custa dar oportunidade para o povo da cidade? Se tiver uma empresa grande, ninguém vai ser contra. Mas deixa o povo de Goiandira usufruir do que é nosso”, defendeu.

E finalizou com dureza: “Fazer uma consultinha, resolver um trenzinho, isso é com dinheiro público. Aí vem dizer que fez. Não fez bosta nenhuma. Fez o que era obrigação”.

Reavaliação da legislação sobre pulverização

Outro tema abordado foi a necessidade de revisão da lei municipal sobre pulverização de defensivos agrícolas. Segundo os vereadores Pedro e Marcelo, a norma aprovada anteriormente acabou prejudicando produtores rurais locais.

A legislação foi criada em meio a um acordo com o Ministério Público por causa de uma multa aplicada a uma produtora em Nova Aurora. No entanto, seus efeitos colaterais foram sentidos por agricultores de Goiandira, como Humberto, que agora enfrentam restrições para plantar soja.

Pedro pediu que o executivo reavalie a norma com urgência. “O produtor rural precisa ter segurança jurídica para plantar com responsabilidade. É preciso usar o defensivo certo, na hora certa, com as condições adequadas”, argumentou.

Marcelo concordou e informou que está buscando um entendimento com outros vereadores e autoridades locais antes de propor uma mudança formal. A proposta foi aprovada e os parlamentares reforçaram o compromisso de rever o texto legal em conjunto.