Justiça tardia, mas justiça feita: após 12 anos, júri condena réu pela morte de Priscila Brenda

Justiça tardia, mas justiça feita: após 12 anos, júri condena réu pela morte de Priscila Brenda

Duração:
15 minutos

Justiça tardia, mas justiça feita: após 12 anos, júri condena réu pela morte de Priscila Brenda

Demorou mais de uma década, mas o desfecho finalmente chegou. Após 12 anos de espera, o tribunal cravou a sentença: 26 anos de reclusão para o réu acusado da morte de Priscila Brenda.

Foi um julgamento intenso, carregado de emoção, e acompanhado de perto por uma plateia que lotou o plenário. Familiares da vítima, amigos, conhecidos e até mesmo curiosos estiveram presentes para ver, com os próprios olhos, o momento em que a Justiça deu sua resposta.

33 horas de julgamento – um dos mais longos da região

A sessão começou na manhã da segunda-feira (17), às 8h30, e avançou pela madrugada. Só terminou na terça-feira (18), às 17h45, depois de mais de 33 horas de debates e tensão.

Durante o julgamento, a acusação trouxe laudos, testemunhos e provas que reforçavam a culpa do réu. A defesa, por sua vez, tentou contestar as evidências e levantar dúvidas, mas não conseguiu convencer o júri.

No fim, a decisão foi unânime.

Sentença anunciada, prisão imediata

O juiz foi direto ao ponto ao ler a sentença. Reforçou a gravidade do crime, a longa espera da família e destacou que o júri tomou a decisão com base em provas sólidas.

Assim que a pena foi anunciada, o réu foi escoltado diretamente para o presídio, onde já começou a cumprir sua pena em regime fechado.

Testemunhas presas por mentir no tribunal

Mas o julgamento trouxe uma reviravolta inesperada: três testemunhas acabaram presas por falso testemunho.

Durante os depoimentos, o conselho de sentença percebeu que algumas falas estavam repletas de contradições. Ao identificar tentativas de manipulação do caso, o juiz determinou a prisão imediata dessas testemunhas, que agora poderão responder por obstrução da Justiça.

Defesa promete recorrer

Mesmo com a condenação estabelecida, os advogados do réu afirmaram que vão recorrer da decisão. Alegam que a pena foi muito severa e que há pontos do julgamento que precisam ser reavaliados.

O recurso deve ser protocolado nos próximos dias e, dependendo da decisão do tribunal superior, o caso pode ter novos desdobramentos.

Cidade acompanhou tudo de perto

O caso de Priscila Brenda nunca foi esquecido pela comunidade. Desde o seu desaparecimento, a população cobrava respostas.

Durante o julgamento, o plenário permaneceu cheio do começo ao fim, com pessoas acompanhando cada palavra e cada argumento apresentado. O clima era de expectativa e, quando o veredito foi lido, muitos se emocionaram.

E agora?

Apesar do recurso prometido pela defesa, o réu já está preso e cumprindo pena.

A condenação é um marco para a família de Priscila Brenda, que lutou por mais de uma década para ver esse momento chegar. O caso pode seguir para instâncias superiores, mas, por enquanto, a Justiça foi feita.

A sociedade segue atenta, porque, no fim, a luta por justiça nunca termina.